Pré-diabetes infantil: o que você precisa saber

Assim como em pessoas adultas, a pré-diabetes é uma condição em que os níveis de açúcar no sangue estão elevados, mas ainda não configuram um quadro de diabetes tipo 2. Ou seja, é um sinal de que o corpo da criança pode não estar usando a insulina corretamente ou pode não estar produzindo esse hormônio o suficiente.¹

Os sinais podem variar de acordo com o tipo de diabetes. No diabetes tipo 1, os sintomas geralmente começam rápido e podem incluir aumento da sede, vontade de fazer xixi com mais frequência, urinar na cama durante o sono e perda de peso não intencional. Já o diabetes tipo 2 tem um início mais gradual e pode levar anos para se desenvolver, inclusive sem nenhum sintoma aparente ou com sinais parecidos aos do diabetes tipo 1.

Algumas condições aumentam o risco da doença e do pré‑diabetes na adolescência e infância: o principal alerta é a obesidade infantil, mas manchas escuras na pele (acantose nigricans), hipertensão arterial e colesterol alto, além de histórico familiar de diabetes tipo 2, também podem levar à doença.

O estilo de vida é o ponto mais importante. É fundamental ajudar as crianças a estabelecer rotinas saudáveis de atividade física ao longo do dia, limitando o tempo de tela, assim como uma alimentação saudável, com uma dieta equilibrada que inclua frutas e vegetais adequados.

• Cuidado com o consumo de sucos de frutas, refrigerantes e outras bebidas açucaradas.
• Evite alimentos processados.
• Escolha sempre alimentos frescos e integrais em vez de fast food e lanches embalados.
• Reduza o tamanho das porções e sugira refeições menores.
• Limite os lanches entre as refeições principais.
• Atenção às refeições em restaurantes para evitar a tentação de alimentos muito calóricos ou fritos.

O pré-diabetes pode ser reversível, ou seja, a criança pode voltar a ter o funcionamento normal do organismo em relação à produção de insulina, especialmente quando o diagnóstico acontece cedo. Na maioria dos casos, não é preciso um tratamento com medicamentos e os bons hábitos de saúde são suficientes. 

Porém, em casos selecionados e com alto risco de progressão para diabetes, incluindo fatores genéticos, o especialista pode considerar a prescrição de medicamentos¹. A decisão varia de acordo com cada caso e deve ser feita em conjunto com um profissional especializado, que é quem pode orientar os cuidados em relação à doença com base nos parâmetros de meta de glicemia para as crianças e adolescentes.

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